"fake news": qual a novidade?

Feliz dia das Mães, caro leitor!


Que o mundo tornou-se fake de cabo a rabo não deveria ser causa de espanto.

Quando foi mesmo que vigorou, que ninguém ficou sabendo, a análise crítica mediante debate transparente em suas premissas e pressupostos visando a construção conjunta de uma pauta emancipatória com passos e tarefas coletivamente geridas em igualdade de condições?

Para facilitar a vida do leitor perdido em miragens, algumas dicas da "novilíngua". Sejam três as dicas, mas saiba-se que podiam ser três dúzias, centenas, milhares: 

1. "autenticidade": menos que delírio metafísico a acalentar órfãos da morte de dels; cercadinho a impor a "narrativa" de alguma quadrilha com a identidade do respectivo umbigo cartografada e posta à venda no mercado de "ativos antropologicamente certificados", o que inclui os "esquizo-descontruídos especistas pós-humanos", dentre tantas seitas abertas à adesão incondicional;

2. "verdade": o que resta após a precificação de teus dados à venda; pode ser o projeto de poder de alguma gang com adequado protagonismo na formulação das políticas da gestão de algum curral humano [de "comunidade no morro" a continentes inteiros];

3. "projeto de mudança": eufemismo para "vou te usar muito, agradeça, não reclame, e ai de ti se não se juntar ao nosso grupo na luta pelo nosso projeto que agora é também teu", com os expurgos, perseguições e chacinas de praxe por paga aos menos aguerridos na 'adesão ao projeto de mudança".




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